De sonhos, mortes e funerais
Numa livre associação de idéias: gosto da idéia da morte, nos sonhos, porque marcam momentos de mudanças. E aí, nada como esse poema de Ferreira Gullar, "Traduzir-se", delicadamente pregado na memória por um dueto de Fagner e Nara Leão. Um bom fundo musical pras funerais.
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mimé multidão:
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:
outra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem:
outra parte, linguagem.
Traduzir uma parte na outra parte _
que é uma questãode vida ou morte _
será arte?
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mimé multidão:
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:
outra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem:
outra parte, linguagem.
Traduzir uma parte na outra parte _
que é uma questãode vida ou morte _
será arte?
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