Olhar 43
A contagem regressiva continua... Até onde vai, não sei (melhor assim!).
Começam a chegar os presentes.
Marcinha manda de Olinda:
"Escrevo diante da janela aberta
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas: Verde!...
E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... descerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...
Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...
Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto...iriso-me...estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!
Mário Quintana – “A Rua dos Cataventos”
...
Mundo
Eis que naquele dia a folhinha marcava
uma data em caracteres desconhecidos,
Uma data ilegível e maravilhosa.
Quem viria bater à minha porta?
Ai, agora era outro dançar,
outros sonhos e incertezas,
Outro amar sob estranhos zodíacos...
Outro... E o terror de construir mitologias novas!
Mário Quintana – “O aprendiz de feiticeiro”
...
O milagre
Dias maravilhosos em que os jornaisvêm cheios de poesias...
e do lábio do amigo brotam palavras de eterno encanto...
Dias mágicos...
em que os Burgueses espiam, através das vidraças
Dos escritórios,
A graça gratuita das nuvens."
Mário Quintana
...
Poesia. Música para a alma. Obrigado Marcinha!
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