Samba em Sampa
A primavera chegou trazendo flores, perfume e chuva.
Em homenagem a este domingo com cara de São Paulo, vamos de músicas para funerais paulistas:
A primeira é interpretada por Santa Rita Lee, da época dos Mutantes:
"O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões de carne e osso
Eu falo e ouço
Eu penso e posso
Eu posso decidir se vivo
Ou morro, porque
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro, e sei
Que cérebro eletrônico nenhum
Me dá socorro
No meu caminho inevitável
Para a morte
Porque sou vivo
Sou muito vivo, e sei
Que a morte é nosso impulso primitivo
E sei
Que cérebro eletrônico nenhum
Me dá socorro
Com seus botões de ferro
E seus olhos de vidro
Só eu posso pensar se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar quando estou triste
Só eu.........."
Cérebro Eletrônico
Gilberto Gil
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A segunda é um sambinha, pra não dizer que Sampa não dá samba... Ouço a voz de Cristina Buarque cantarolando:
"Ah, quantas lágrimas
Eu tenho derramado
Só em saber que não posso mais
Reviver o meu passado
Eu vivia cheio de esperança
E de alegria
Mas hoje em dia
Eu não tenho mais
A alegria dos tempos atrás........."
Quantas Lágrimas
Manacés da Portela
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E pra encerrar, em dia que o Timão vence o menguinho e só me dá alegrias, vai um grito da Fiel...
Me dê a mão
Me abraça
Viaja comigo pro céu
Sou gavião levanto a taça
Com muito orgulho pra delírio da Fiel.
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