sábado, novembro 11, 2006

Sampa Midnight

Dos 80, na ponte Recife-Sao Paulo.

Sampa midnight
Eu assessorado de mais dois chegados
Bartolomeu e Ptolomeu
Partimos pra comemorar
Não lembro o que numa boiate

Escabrosa noite
Deu blackout na Paulista
Breu no Trianon
Cadê o vão do museu, sumiu!
Meu Deus do céu, que escuridão!

Três seres transparentes baixaram (não sei de onde)
Imobilizando a gente e gritando
Não somos gente!
Brilhavam, não tinham dentes
Traziam cortantes tridentes incandescentes
Nas frontes três chifres
Falavam rapidamente com gestos intermitentes
Simultaneamente sons estridentes - incríveis!

Sampa midnight
Eu chumbado com mais dois embriagados
Bartolomeu Ptolomeu
Quisemos levá-los prum bar
Mas qual o que, tomamos cheque-mate

Tenebrosa noite faltou light na Paulista
Breu no Trianon - cadê a Consolação?
Escureceu o museu - onde está o chão?
Um trio intrigante desceu do céu num instante
Chegou intimando a gente e berrando
Não somos gente!

Cantaram de trás pra diante
Letras fortes, indecentes
Músicas bem excitantes
Provocantes rumbas, funks

Cantaram de trás pra frente
Uns reggaes de breque, chiques
Bastante pique, sambas de roda chocantes

Sampa midnight
Eu assessorado de mais dois chegados
Bartolomeu Ptolomeu
Partimos para comemorar não lembro o que...

(Sampa Midnight - Itamar Assumpçao)

1 Comments:

Blogger Edu Rocha said...

São Bartolome, São Ptolomeu, São Paulo... saudades dos 80, Marcinha...

1:02 PM  

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