quarta-feira, agosto 29, 2007

Correndo atrás...da vida

http://www.youtube.com/watch?v=2IcnMRSXfqI


“Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta2x

Se sujou, cai fora
Se da pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora (2x)

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance(2x)

Se tá puto, quebre
Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre(2x)

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure(2x)

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
Quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
E não se submeta(2x)”

(Do It
Lenine e Ivan Santos)

domingo, agosto 19, 2007

voltando pra casa...



"Sitting in a park in Paris, France
Reading in the news and it sure looks bad
They won't give peace a chance
That was just a dream some of us had
Still a lot of land to see
But I wouldn't stay here
It's too old and cold and settled in its ways here.

Oh, but California
Califormia I'm coming home
I'm going to see the folks I dig
I'll even kiss a sunset pig
California I'm coming home.

I met a redneck on a Grecian isle
Who did the goat dance very well
He gave me back my smile
But he kept my camera to sell
Oh the rogue, the red red rogue
He cooked good omelettes & stews
And I might have stayed on with him there

But my heart cried out for you, California
California I'm coming home
Oh meake me feel good rock'n roll band
I'm your biggest fan
California, I'm coming home

Oh it gets so lonely
When you're walking
And the streets are full of strangers
All the news of home you read
Just gives you the blues
Just gives you the blues

So I bought me a ticket
I caught a plane to Spain
Went to a party down a red dirt road
There were lots of pretty people there
Reading Rolling Stone, reading Vogue
They said, "How long can you hang around?"
I said a week, maybe two
Just until my skin turns brown

Then I'm going home to California
California I'm coming home
Oh will you take me as I am
Strung out on another man
California, I'm coming home

Oh it gets so lonely
When you're walking
And the streets are full of strangers
All the news of home you read
More about the war
And teh bloody changes
Oh will you take me as I am?
Will you take me as I am?
Will you?
Will you take me as I am?
Hmmm mmmmm
Take me as I am"

California
Joni Mitchell

Alma corsária

Antológicas II e III

http://www.youtube.com/watch?v=Zj_YJ_Qdy-Y


“O seu contrato
Já estava pra terminar
Seu LP não acabou de gravar
Sua voz cansada
Lhe obrigava a beber
Pois cada dia mais rouca
Cada dia mais louca
O que cantava
não dava pra entender

Singapura
Fora uma cantora de um certo sucesso
Mas o público possesso
Não tardou a esquece-la

Foi despedida de uma boite
E num programa levou tomate
Quando cantava todo mundo ria
Só conseguiu emprego numa churrascaria

E um dia
numa última chance conseguiu um teste
e mesmo que eu deteste
vou ter que lhes contar
desafinooooou!!

Singapura
Isso é pura nicotina
Pois desde menina
Você sempre fumou

O senhor me desculpe
Não tenho mais aquele agudo
Por favor não me culpe
Esta gravadora me deixou
Com o coração mudo!"


(Singapura

Eduardo Dusek)


E, finalmente...

Fascínio tenho eu por falsas loiras, ai a negra lingerie
As sardas, sobrancelha feita à lápis e perfume da Coty

Na boca dois pivôs tão graciosos entre jóias naturais
Os olhos dois minúsculos aquários de peixinhos tropicais

Eu conheço uma assim
Uma dessas mulheres que um homem não esquece
Ex-atriz de TV, hoje é escriturária do INPS
E que dias atrás, venceu lá um concurso de Miss Suéter

Na noite da vitória, emocionada, entre lágrimas falou:
"Nem sempre a minha vida foi tão bela mas o que passou, passou
Dedico este título à mamãe que tantos sacrifícios fez
Pra que eu chegasse aqui ao apogeu com o auxílio de vocês"

Guardarei para sempre seu retrato de Miss com cetro e coroa
Com a dedicatória que ela em letra miúda insistiu em fazer
"Pra que os olhos relembrem quando o teu coração infiel esquecer.
Um beijo, Margot"


(Miss Suéter
João Bosco e Aldir Blanc, cantam J. Bosco e Angela Maria
)

sábado, agosto 18, 2007

Antológicas I

http://www.youtube.com/watch?v=kchSmulPk8U


Naquela manhã
Eu acordei tarde, de bode com tudo que sei
acendi uma vela
abri a janela, e pasmei

Alguns edifícios explodiam
pessoas corriam
eu disse bom dia
ignoreeei

Telefonei
Prum toque tenha qualquer
e nao tinha
Ninguem respondeu,
Eu disse Deus, Nostradamus,
forças do bem e da maldade
voodoo, calamidade, juízo final
Entao és tu

De repente na minha frente
A esquadrilha de alumínio
caiu, junto com vidro fumê
o que fazer, tudo ruiu
Começou tudo a carcomer
gritei, ninguém ouviu,
e olha que eu ainda fiz psiu!

O dia ficou noite
O sol foi pro além
Eu preciso de alguém
vou até a cozinha
encontro Carlota, a cozinheira
morta, diante do meu pé, Zé
eu falei, eu gritei, eu imploreei:

Levanta
Me serve um café
Que o mundo acabou

(Nostradamus
Eduardo Dusek)

segunda-feira, agosto 13, 2007

Tempo rei



"Não me iludo
Tudo permanecerá
Do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando
Todos os sentidos...

Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
E pelo eterno vento...

Água mole
Pedra dura
Tanto bate
Que não restará
Nem pensamento...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...

Pensamento!
Mesmo o fundamento
Singular do ser humano
De um momento, para o outro
Poderá não mais fundar
Nem gregos, nem baianos...

Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas
De repente ficam sujas...

Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo
Pode estar por um segundo...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!..."

Tempo Rei
Gilberto Gil

sexta-feira, agosto 10, 2007

Bem baixinho

Essa vai, com certeza, pro meu túmulo...

quinta-feira, agosto 09, 2007

Procurando o Rumo

Viva São Paulo!

Convite II ou



Pra dar um chega pra lá no tédio, Eucanaã Ferraz fez uma
bela antologia, chamada Veneno Antimonotonia, onde “desde
o início, a palavra poemas nomeia igualmente os versos
escritos para o livro e aqueles feitos para a canção”.
É de lá que retomo este convite para namoros possíveis
entre poesia e música, começando por aquela inspira
o título do livro.

“Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós dois, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia...
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno anti-monotonia...

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E algum veneno anti-monotonia...”

(Todo amor que houve nessa vida
Cazuza e Frejat)

Cantando os quintanares de Mário...

“Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.”

(Emergência,
Mário Quintana)

Sorvendo Vinícius

“De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.”

(Poética
Vinicius de Moraes)

Fechando as páginas do livro, outros
se 'aprochegam'. É o caso de Moska...

“Sim,
Tudo agora está no seu lugar.
O universo até parece conspirar
Pra que não seja em vão
Tanto tempo esperando esse amor.

Sim,
Parece até que nada em nós mudou.
Tanta coisa a gente inventou
Pra chegar afinal onde sempre
Eu te quis ver chegar.
Paixões que eu vivi como se fossem uma.
A tua espera sempre foi assim,
Contratos feitos com o tempo.

Amores são sempre possíveis sim.

Sim... (volta ao início)”
(Amores possíveis
Paulinho Moska)

...e Chico.

“Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez

Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu”

(Todo o sentimento
Chico Buarque)


quarta-feira, agosto 08, 2007

Convite



“Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano, como si por primera vez tu boca se entreabriera, y me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar, hago nacer cada vez la boca que deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara, una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mí, para dibujarla con mi mano en tu cara, y que por un azar que no busco comprender, coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja.

Me miras, de cerca me miras, cada vez más de cerca, y entonces jugamos al cíclope, nos miramos cada vez más de cerca y los ojos se agrandan, se acercan entre sí, se superponen y los cíclopes se miran, respirando confundidos, las bocas se encuentran y luchan tibiamente, mordiéndose con los labios, apoyando apenas la lengua en los dientes, jugando en sus recintos donde un aire pesado va y viene con perfume viejo y un silencio. Entonces mis manos buscan hundirse en tu pelo, acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuviéramos la boca llena de flores o de peces, de movimientos vivos, de fragancia oscura. Y si nos mordemos, el dolor es dulce, y si nos ahogamos en un breve y terrible absorber simultáneo de aliento, esa instantánea muerte es bella. Y hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mí como una luna en el agua.”

JULIO CORTAZAR
Capítulo 7 de "Rayuela", 1963

Música e poesia andam juntas, de braços dados como enamorados. Dessa estreita relação, trecho de Rayuela, conhecido como ‘Toco tu boca’ toma forma de música cronópia para las masas, por ‘El Club de la Serpiente’.
Leia esta canção; visite: http://www.geocities.com/delaserpiente/tocotuboca.mp3

meus defeitos

Mais Marisa...

http://www.youtube.com/watch?v=haAppvK_DlI



"Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
quem me deixou assim

Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais nos braços
Só este amor
assim descontraído

Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito

Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito"

Para ver as meninas
Paulinho da Viola

segunda-feira, agosto 06, 2007

Chove chuva choverando

Words disappear,
Words weren't so clear,
Only echos passing through the night.

The lines on my face,
Your fingers once traced,
Fading reflection of what was.

Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.

Spring brings the rain,
With winter comes pain
Every season has an end.

I try to see through the disguise,
But the clouds were there,
Blocking out the sun (the sun).

Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.

Spring brings the rain,
With winter comes pain,
Every season has an end.

There's an end,
There's an end,
There's an end,
There's an end,
There's an end.

There’s an end
(The Greenhornes)

Marisa



Após um longo período de férias, reencontro Marisa Monte...

"Até parece
Que não lembra que não sabe
O que passou
Não faz assim
Não faz de conta que não pensa
Em outra chance para nós dois
Olha pra mim
Não me torture, não simule
Não me cure de você

Deixa o amanhã dizer
Deixa o amanhã dizer"

Até parece
Marisa Monte/Dadi/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes